Elric: The Caravan of Forgotten Dreams

Elric,” said Zarozinia, “have you found your happiness?”
He nodded. “I think só. Stormbringer now hangs amid cobwebs in your father's armoury. The drugs I discovered in Troos keep me strong, my eyesight clear, and need to be taken only accasionally. I need never think of travelling a fighting again. I am content, here, to spend my time with you and study the books in Karlaark's library. What more would I require?”
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Science Fantasy #55 (out, 1962), originalmente intitulado The Flame Bringers.

Elric está em relativa paz, vivendo com a esposa em Weeping Waste, até que Moonglum retorna com a notícia de que o oriental Terarn Gashtek, Lord of the Mounted Hordes está se preparando para invadir todos aqueles reinos ocidentais.

Primeiro Elric resgata Stormbringer do armorial do sogro, e a contragosto de Zarozinia, se alista com seu companheiro nas tropas de Gashtek, para encontrarem uma maneira de libertar Drinij Bara, um mago que o lorde invasor mantêm cativo e que supostamente seria a razão das sucessivas vitória.

Ao mesmo tempo, Elric envia um mensageiro para conseguir a ajuda de Dyvin Slorm, filho de seu primo Dyvin Tvar, e seu exército de dragões.

Nota-se claramente uma tentativa de ruptura entre Elric e sua espada amaldiçoada, mas, ao mesmo tempo, ele não abre mão de feitiços e invocações, que no universo em questão não são apresentados de forma a que o tornem corrupto. Elric quer distância de Stormbringer e crê que conseguiu seu intento.

A narrativa de Michael Moorcock consegue criar narrativas empolgantes a partir de arquétipos simples, como a princesa em perigo, o rei que retornará (no conto anterior, Kings in Darkness, por exemplo) ou ainda o enfrentamento contra tropas orientais, neste conto. Novamente o leitor moderno fica com um gosto amargo na boca porque já viu todas estas narrativas em histórias mais recentes, algumas certamente inspiradas no trabalho de Moorcock.

Nada disso diminui a importância ou a qualidade dos contos, mas devo agir como o advogado do diabo e chamar atenção sobre o fato, para que o leitor não fique com a impressão de que irá ler narrativas inovadoras. Se em 1.962, quando foram originalmente publicadas já não eram inovadoras já que o autor não esconde a origem em Robert E Howard – apenas para ficar em um exemplo – imagine em 2.013.

Mas são aventuras bem narradas e com um detalhe adicional do personagem principal, um anti-herói, um homem escravizado por escolhas constantemente ruins. Chega ao ponto de o pai de sua esposa, Zarozinia, ter certeza de que ele trará maldição para sua filha e para sua cidade e os mantêm em um lugar ermo, distante.

Ao leitor cabe rir nestes momentos de felicidade de Elric de Melniboné, lembrar das desgraças que suas escolhas já provocaram, e esperar até o momento em que sua associação com seu lorde-demônio patrono Arioch e sua espada vampira de almas Stormbringer o levarão a uma fatalidade maior e definitiva.

As imagens deste post são da série Elric - Bane of the Black Sword edição #05 da First Comics.