Começam os lançamentos de 2.011 e Batman #98 traz a segunda parte do arco “Vida após a morte” publicado originalmente em Batman #693 com roteiro e arte de Tony S. Daniel e finais de Sandu Florea.
Numa história pouco empolgante que só serve para criar cenário para as séries do homem morcego com o uso de um falso Bruce Wayne, a possível colaboração entre as Aves de Rapina e o novo Batman, Dick e o interesse em Caçadora para ciúmes de Barbara Gordon e o retorno de Charada ao crime. Numa festa para a sociedade para o anúncio do novo Asilo Arkham são feitas novas conexões e há um atentado à bomba. No cais corpos de homens dos Falcone.
Tramas desconexas, imagens impactantes. Hum... é a esperança que Daniel consiga juntar todos estes elementos e produzir uma história de verdade.
Já Batman and Robin #7 e 8 de Grant Morrison & Cameron Stewart melhora sensivelmente a edição. Enquanto Damian está hospitalizando nos laboratórios de seu avô, Dick trabalha com o Cavaleiro e a Escudeira para impedir uma série de atentados na Inglaterra, encontrando a longa trama da religião do caos e a Batwoman. De quebra citando a série A noite mais densa, mas sem anéis ou um “levante-se!” (ou seja, usa o conceito geral de retorno mas não tem elementos que faça o leitor do encadernado entender que perdeu algo) há a ressurreição de Batman num poço de Lázarus.
E o leitor tem o primeiro vislumbre da razão do trás de tudo quando percebemos que Darkseid cloneu Batman! E usou o clone para fazer os heróis perderem a esperança!
Muito divertido e com uma sequência de tirar o fôlego com Batman e Escudeira nas ruas de Londres.
A nova Batwoman e a religião do crime surgiram em “52”. Retornaram em “Questão: A bíblia do crime”. Atualmente Batwoman tem uma série regular em Detective Comics, que está sendo publicada no Brasil em A sombra do Batman. As tramas de Batwoman e Questão em geral são escritas por Greg Rucka. Este depois de colaborar muito no último ano nas séries do Superman decidiu se afastar da DC Comics para dar atenção à sua série autoral “Queen & Country”.
Batman “morreu duplamente” em “Descanse em paz” e “Crise Final” (aqui). Tim Drake, o Robin de então, acredita que Bruce está vivo e abandonou Gotham e segue aleatoriamente pistas que possam sustentar tal crença. Assumiu um novo manto, chamando-se agora “Robin vermelho” e sua série é narrado em “Red Robin” publicada no Brasil em A sombra de Batman. A atual dupla dinâmica é formada por Richard “Dick” Grayson e Damian Head (filho de Talia Head e Bruce Wayne).
Desde que iniciou a escrever as histórias de Batman, Morrison produziu um texto afiado e geralmente muito bom, exceção feita à Descanse em paz, deveras lisérgica. Ele ressuscitou um conceito dos anos 1.950 sobre vários “homem morcegos” ao redor do mundo, nem sempre usando o manto de morcego, mas com um conceito geral semelhante. O Cavaleiro e a Escudeira são os representantes na Inglaterra. A macro trama ainda vai dar muito pano para manga.