Flash: Rebirth, minissérie em 6 partes publicada no final de 2.009, assim como a série Green Lantern: Rebirth é uma série para reintroduzir um personagem “morto” no Universo DC (DCU) e ambos são produzidas por Geoff Johns (roteiro) e Ethan Van Sciver (arte).
Não pense que a DC tem exclusividade no assunto, já que a Marvel teve recentemente Captain America: Reborn. Ambas as editoras vira-e-mexe matam e retornam com suas personagens, mas poucos estavam mortos há tanto tempo quanto Flash – desde 1.985 – e Bucky – desde 1.964.
Flash: Rebirth, diferente da série do Lanterna Verde que foi bem escrita ou da série do Capitão, que foi bem desenhada e tinha conceitos sci-fi interessantes, não funciona! Não empolga em nenhum momento e fica-se com a impressão que faltou algo a acontecer. Parece apenas um prelúdio para a série mensal do personagem... algo como uma história que poderia ter rendido uma edição edição número “zero” com algo como sessenta páginas.
Vamos às explicações. Barry Allen é o segundo e mais famoso Flash da editora americana DC Comics. Depois de um longo arco em sua série mensal no início dos anos 1.980, Flash se afastou da Liga da Justiça e foi viver no futuro.
Retornou na série Crise nas Infinitas Terras (1.985) onde fez o sacrifício máximo para destruir uma máquina do vilão Antimonitor, a entropia encarnada. Acreditava-se que havia morrido e por 22 anos foi assim...
A partir de 1.987 seu sobrinho, Wally West assumiu o manto de Flash, tornando-se o terceiro velocista da editora.
Em Crise Infinita (2006) descobriu-se que Allen não estava morto, mas fora atraído por uma energia chamada força de aceleração que abastece todos os velocistas da editora. Ao perceber isto, Eobard Thawne – o Professor Zoom ou Flash Reverso – cria condições para que Barry retorne ao nosso mundo durante o evento Crise Final (2008), mas a gente só descobre que ele esteve envolvido agora – explicação que pela falta de detalhes, não convence.
Note que Marv Wolfman – criador e escritor de Crise nas Infinitas Terras – disse em entrevista que havia deixado um gancho para o retorno de Allen. Johns apenas explorou antes que alguém o fizesse.
O resumo da história é o seguinte: Barry Allen retornou, está desajustado, tentando ficar distante dos amigos e parentes e descobre que se tornou uma nova versão do Flash Negro, matando pessoas que tem acessos à força da aceleração. No meio da série descobrimos que ele estava sendo manipulado por Thawne e não era responsável pelas mortes, e daí para diante é ajustar os atuais velocistas para fazer frente ao vilão.
Ficam duas tramas em aberto, uma envolvendo a Cidade Gorila e o os dois Flashes Reversos – Thawne e Solomon Hunter – e outra envolvendo Abracadabra.
De definitivo e bem delineado somente a carreira como investigador de cenários de crimes e sua obsessão em descobrir quem matou a sua mãe, Nora Allen, o que resultou na prisão de seu pai. Este mistério é resolvido. Aparentemente este será o foco da série mensal “Flash” que vem em seguida.
Resta, por fim, saber o quê Thawne estava fazendo no presente e como tinha acesso à tecnologia e conhecimento para alavancar estes eventos.
A DC já elegeu Flash para o personagem de 2.011 graças ao evento Flashpoint, mas com a atenção à série do Lanterna Verde que terá um filme lançado no próximo ano é bem provável que a editora decida aproveitar a fama de um para explorar a capacidade d'outro.
Veremos.