DC Showcase: Green Arrow

A DC Comics tem centenas de personagens. Um dos mais divertidos é o Arqueiro Verde, ainda que eu não soubesse escrever histórias para ele (e para o Flash, e para o Justiceiro da Marvel Comics). Quando a grande habilidade do personagem é atirar flechas (ou correr, ou atirar) é melhor você ter um cenário bem construído para contar as histórias.


Olliver Queen, o Arqueiro Verde é um milionário que decidiu combater o crime depois de ficar preso algumas semanas em uma ilha remota e enfrentar com arco e flecha traficantes que usavam o local como base. Ele aprendeu a usar os instrumentos quando se viu sozinho, numa ilha sem frutas tendo que pescar e caçar. O personagem dos quadrinhos tem pouca relação real com a versão Smallville do personagem.

A partir de um The Brave and The Bold (a revista de encontros do Batman, não a série de TV de animação atual) tornou politicamente consciente e ativo, dividindo pouco tempo depois a série do Lanterna Verde que passaria a chamar-se “Green Lantern & Green Arrow”. Muitos temas espinhosos foram abordados na série por Denny O'Neil & Neal Adams (o material, inclusive, já foi republicado pela Panini em duas edições em capa mole há algum tempo). Quase todos ainda são relevantes.

Arqueiro Verde e sua parceira e namorada, Canário Negro tiveram histórias de apoio em Detective Comics (uma das revistas do Batman) no início dos anos 1.980, e uma excelente série em quatro partes por Mike W. Barr & Trevor Von Eeden – publicada no Brasil pela Abril em Superamigos, conhecida como Green Arrow volume 1.

Em 1.987, no processo de reestruturação da DC Comics, recebeu uma minissérie (Os Caçadores, já publicada pela Ed. Abril) escrita e desenhada por Mike Grell (Superboy & The Legion of Super-Heroes onde substituiu Dave Cockrum que havia ido para a Marvel para estourar realmente com os all-new all-diferent X-Men, e depois em Green Lantern & Green Arrow, que recebeu uma nova chance depois de um cancelamento e finalmente no início dos 80's foi criador da série autoral Jon Sable Freelancer, publicada pela First Comics).

A minissérie rendeu uma série mensal (Green Arrow volume 2) de longa duração, iniciada em 1.987, indo até 1.998. Decepcionado com as escolhas de Hall Jordan em Zero Hora (1.994), Queen começa uma estrada de auto-destruição, ao mesmo tempo em que encontra seu filho, Connor Hawke, que se tornaria o segundo Arqueiro Verde, quando o pai morre na explosão de um artefato terrorista, numa sequência que faz uma sutil referência à Cavaleiro das Trevas a história definitiva de Batman. Na graphic novel um envelhecido Queen reclama para Batman do braço amputado que ainda “dói”. Na sequência da explosão Superman sugere amputar o braço para tirar Ollie do dispositivo, sem sucesso.

Kevin Smith (cineasta, então com grande aceitação nos quadrinhos por ter reintroduzido o Demolidor), aceitou reintroduzir Oliver Queen em uma série de grande sucesso (Green Arrow volume 3), que passou pelas igualmente competentes mãos de Brad Meltzer, indo depois para as não tão eficientes mãos de Judd Winick, que produziu um texto mediano, sem grandes novidades, ousando apenas quando tornou Queen prefeito de Star City.

Em 2.008, após o casamento de Queen com Dinah Lance (a Canário Negro) a série foi cancelada para dar lugar à Green Arrow & Black Canary, que já foi cancelada também. Atualmente ele voltou ao visual justiceiro das ruas da fase de Mike Grell e suas histórias estão sendo narradas em Green Arrow volume 4.


Bastante envolvido com a atual cronologia do universo DC – Liga da Justiça: Grito por Liberdade e A noite mais densa/O dia mais claro -, Queen é um dos personagens mais bem construídos da editora, ainda que a graça de suas histórias sejam exatamente o cenário e sua personalidade e não suas habilidades.

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O DC Showcase Green Arrow mostra a dificuldade de um arqueiro impedir o sequestro de uma princesa. Devido ao tempo do curta-metragem (11 minutos) a trama funciona muito bem.

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