
The Sopranos, a melhor série de drama da década de 2.000, termina mostrando que não acabou, apenas as histórias não serão mais narradas.
Battlestar Galactica terminou mostrando que a paz é possível e o entendimento desejável. E que a partir disso pode-se começar algo novo.
Lost termina mostrando que tudo foi um longo campeonato e que houve crescimento para os envolvidos, mas o expectador não se sente confortável em saber que o que viu foram diversas cenas de ação e tensão para dar sentido à necessidade de atrair público e vender cotas de patrocínio.

Quando isto acontecer juntaremos as pistas num caldeirão. Algumas boiarão e estas serão utilizadas pois ficaram à vista. As outras... quem se importa?

Fiquei mais satisfeito com os finais de temporadas de Two and a half men (comédia com Charlie Sheen, Jon Cryer e August T. Jones) que encerrou bem a sétima temporada prometendo mais comédia machista e poucos elogios aos adolescentes americanos na próxima temporada já confirmada, mas paradoxalmente mostrando a relevância da família na formação do caráter do indivíduo.
Também me impressionou o final de Smallville, série que acreditava estar defunta e enterrada e que rendeu bons episódios como “Absolute Justice” e “Salvation”.


No final, Smallville, capengando e mostrando os conflitos adolescentes do Superman cercado por um elenco de mulheres influentes mas não fazendo sexo com quase nenhuma delas, explorando um conceito de 72 anos até tirar a última gota de água da pedra é mais relevante que uma série que individualmente é mais impactante, tem personagens mais bem construídos mas pistas demais que levam a lugar algum e uma conclusão pífia.

Pouca gente gosta ou entende poesia, mas sentar à frente da TV e assistir a algo que faça sentido e tenha uma linha temporal compreensível é fundamental para garantir que, na semana seguinte, esteja lá novamente o expectador.
Smallville terá um início claro, um meio confuso, mas uma direção ao qual foi.

E então ninguém consegue um remendo tão grande de maneira eficiente.