Clark Kent, editor do jornal
Estrela Diária, recebe um diário supostamente escrito por Batman que informa que o homem morcego e a equipe de heróis serviam secretamente ao Fuhrer nazista desde a origem da
SJA!
O diário vaza para a imprensa e a equipe vai ao
Congresso Nacional dar explicações sobre seus atos e por supostamente ter colaborado com a Alemanha nazista.
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Minissérie em quatro partes (a primeira é dupla) escrita por
Roy Thomas, com desenhos de
Rafael Kayanan,
Mike Hernandez e
Howard Bender, finais de
Alfredo Alcala e capas de
Jerry Ordway.
Publicada em 1.984 é a penúltima história da equipe no formato padrão. A última seria
The Last Days of Justice Society.
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Apesar da qualidade, Thomas erra um pouco a mão fazendo uma história verborrágica, na verdade, uma história de tribunal. Na primeira parte com a leitura do diário de Batman temos a origem da equipe, porém controlada ideologicamente por Adolf Hitler. Depois a equipe tenta limpar seu nome e mais narrativas de histórias antigas.
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Desde o primeiro momento sabemos que é parte de um plano do filho e herdeiro político do
Senador O’Fallon – ridicularizado quando a equipe se recusou a revelar as suas identidades e desapareceu nos anos 1950 – e do vilão
Mago (Wizard) para sujar o bom nome da equipe. Além destes, exposto desde o início, havia ainda o vilão viajante do tempo Per Degaton.
A arte final de Alcala é pesada como sempre e contrasta com o tom da história. Lembra, como sempre, algo sujo, escuro. Talvez um
Dick Giordano tivesse sido mais adequado. Dos artistas, só Kayanan teve algum renome a posterior trabalhando com o mesmo Roy Thomas em
The Savage Sword of Conan já no meio da década de 90. Também seria o artista da série Conan, o aventureiro, com o mesmo autor.
Com a aproximação de
Crise nas Infinitas Terras a trama lembra mais uma oportunidade de apresentar aos leitores da década de 1.980 um checklist da equipe incluindo os eventos de
All-Star Comics e
All-Star Squadron. Lembre-se que a DC fez um extenso Who’s Who em cinco partes com a Legião dos Super-Heróis de modo a narrar toda a cronologia da equipe.
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Certamente seria esta a mesma função desta série com a SJA como aponta em parte Thomas no editorial da edição #01.
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Com esta visão a série funciona perfeitamente, já que além de narrar novamente quase todas as histórias e principais eventos da equipe, ainda tem uma trama e vilões próprios.
Boa oportunidade para quem, como eu, gosta do conceito da Sociedade da Justiça da América.