Embalado na dezena de lista de 10 mais que povoam a net, resolvi fazer a minha lista de 10 mais porém só de materiais que li e que foram produzidos em seu país de origem na década de 2.000.
Fruto da “educação EBAL/Abril/Panini” só tem quadrinhos de heróis.
Vejam a lista:
1) Plastic Man de Kyle Baker – Quadrinho cômico em estilo cartoon que satiriza ferozmente os clichês desta arte.
Inédito no Brasil, devido à sua narrativa dificilmente será publicado por aqui. Baker, dono de um traço fora dos padrões já teve Justiça Ltda (minissérie em 2 edições) e vários episódios do Sombra (a minissérie em 3 edições), ambas produzidas pelo famoso editor Andrew Helfer, responsável pela Liga cômica.
Plastic Man tem uma irreverência e uma força incomum e explora muito bem todas as bobagens que há nos quadrinhos de heróis. Seqüência inteiras são construídas explorando genialmente estas idéias ou simplesmente satirizando a repetição.
Dois momentos vem à memória rapidamente:
1) um diálogo de Lex Luthor com o Superman, quando o vilão ainda era o presidente dos EUA e ele diz “Quantas vezes já repetimos essa cena nos últimos anos? Você vem com conversa que sou um super-vilão, e o recordo que não pode provar e você não pode me tocar porque sou o presidente. Depois eu me sirvo de um drink ou acendo um cigarro ou qualquer outra coisa para mostrar quanto estou desinteressado ou entendiado”, e o Superman responde com a lógica de uma centopéia: “Você está planejando alguma coisa. Eu sei!”
2) Outro é quando o Homem Borracha tem que substituir um pneu furado e o veículo continua a furar pneus... hilariante!
Construído para quadrinhos cômicos, Homem Borracha não funciona muito bem na continuidade da DC Comics e sim, como os títulos “Vertigo”, numa tênue borda do complexo universo.
Excelente pedida.
Vejam alguns dos momentos (caso não consigam ler, basta clicar na imagem):