De filhote para lobo, história b

O especial Jimmy Olsen: Superman’s Pal Special #01 (dez/08) teve uma segunda história com a mesma equipe de produção. James Robinson texto, Jesus Merino & Leno Carvalho & Steve Scott lápis e J. Merino & Nelson Pereira & Kevin Stokes finais.

Esta segunda história se concentra em Dubbilex narrando para Jimmy algumas verdades sobre o Projeto Cadmus, a Legião Jovem, o Guardião e seus clones.

Dubbilex morre após a narrativa, mas dá pistas que permitam Jimmy buscar um clone em específico do Guardião, sendo perseguido pelo Codinome Assassino, mas conseguindo fugir.

Jimmy obtêm informações que o levam à cidade de Pé de Guerra, no sul do Arizona, que tem uma concentração de super-vilões.

Quem se lembra de James Robinson em Starman (e em alguns breves períodos em Legends of the dark knight) sabe que o escritor gosta de criar cidades e dar alma para elas.

Em Starman ele fez Opal City, uma cidade profundamente ligada ao crime, com arquitetura inspirado tanto no art decco como na belle epoque, com um centro comercial profundamente gótico em linhas retas e longas áreas residenciais.

Ele retorna à DC Comics e constrói o background desta cidade, que segundo Olsen é uma mistura de Dogde City (cidade de conflitos de faroeste clássica) e Keystone City (cidade fictícia da DC cuja economia é baseada na produção de automóveis) – ou seja, violenta, quente, baixo índice de moralidade e fábricas com chaminés e fumaça em direção ao céu.

Jimmy, por uma série de associações chega ao Xerife local, Greg Saunders, que esconde o paradeiro de James Harper (o clone do Guardião). À noite para conter ondas de crimes na fronteira o xerife age como Vigilante, o quê permite Olsen finalmente encontrar Harper, que aceita dar algumas respostas ao repórter.

Dubbilex é um DNAlienigena, ou seja, um produto de manipulação genético de DNA alienígena. Foi criado por Jack Kirby em 1.971 na série Superman’s Pal: Jimmy Olsen e sempre esteve ligado ao Guardião e à Legião Jovem. Assim como o Guardião, esteve muito presente na série do Superman entre 1.987-1.993, quando migrou para a série do Superboy (um clone do Superman). Seu paradeiro era desconhecido.

Vigilante é o nome de vários personagens da DC Comics. O clássico da Era de Ouro é Greg Saunders um pistoleiro que combate o crime em uma moto. Foi membro dos Sete Soldados da Vitória (e portanto resgatado pela Liga & Sociedade quando esteve perdido no tempo – veja aqui) e depois desapareceu. Os Sete Soldados clássicos estiveram envolvidos em alguns arcos da série JSA (série da Sociedade da Justiça da América), como Príncipes das Trevas, mas o personagem não tinha maior relevância.

No complexo arco 7 Soldados de Grant Morrison Greg foi “recriado” e aparentemente havia morrido na edição que inicia a saga.

Existem outros Vigilantes na editora, porém baseados no modelo criado em 1.983 por Marv Wolfman & George Pérez, ou seja, um cidadão comum que decide tomar a tarefa de punir os criminosos para si – imitando o personagem Justiceiro da Marvel Comics.

O mais famoso Vigilante foi um juiz que suicidou (e a TV “colou” o conceito na série Dark Justice sem pagar direitos autorais).

Ao longo dos anos surgiram outros Vigilantes, como o da atual série, recém cancelada por falta de vendas.

O Olsen mostrado por Robinson não é um adolescente bobo, repórter-foca, mas um sujeito obstinado, capaz de competentes pesquisas, habilidade de fuga, inteligência e dedução. O triste é pensar que o próximo escritor, em 2.010 ou 2.011, vai, novamente torná-lo um adolescente bobo e repórter-foca, iniciando novamente um ciclo interminável.