A Vertigo surgiu em 1.992 quando a editora de grupo Karen Berger reuniu uma série de publicações de cunho místico, sobrenatural, terror, gótico, psicodélico, satânico ou fábula e criou o selo que homenageia o nome original do filme de Alfred Hitchock, Um corpo que cai. Não é a primeira apropriação na indústria da palavra, já que além do filme, houve também o selo musical Vertigo, famoso por causa da banda Dire Straits.
Apesar de surgido em 92 o embrião é da década de 1970 com as séries de terror da editora – na verdade houve um filão de terror para quadrinhos em todos as editoras.
O selo oficialmente surgiu por aqui na coletânea “Vertigo” da Editora Abril com 12 edições, tendo em suas páginas Hellblazer, Sandman: Teatro do Mistério, Livros da Magia, Jonah Hex e Sebastian O. Logo a Editora Globo & Devir Livraria retornaram a publicação de Sandman, alcançando a fase em que a série já usava o selo.
Vertigo, a revista, sofreu censura interna em função dos temas satanistas e foi cancelada, dando espaço para a Metal Pesado a partir de 1998 com Patrulha do Destino (Saindo dos escombros) a publicar esporadicamente e nos dois anos seguintes mensalmente uma grande quantidade de séries do selo.
Entre 1999 e 2001, a editora publicou Hellblazer, Como matar o seu namorado, O extremista, Preacher, Mistério divino, Vamps, Livros da Magia, Monstro do Pântano, Homem Animal, Sandman: Teatro do mistério, entre outros. A Metal Pesado mudou de nome várias vezes primeiro para Tudo em Quadrinhos, e depois para Editora Atitude com mudanças em seus quadros editorias, mas se afastou do mercado.
Nesta época a Editora Abril comprou um lote de histórias e publicou alguma coisa do selo: O santo dos assassinos (ligado ao sucesso Preacher), Crime & Castigo (história policial de Garth Ennis), O mundo de 2020 e Bloody Mary.
A próxima editora foi a Brainstorm que publicou Hellblazer, Os Invisíveis, Preacher, Sandman (republicação de séries mensal e encadernado em preto & branco), Monstro do Pântano (encadernado em preto & branco), Homem Animal (encadernado em preto & branco), Sandman Apresenta e Transmetropolitan. Com um acidente de longa recuperação o editor teve que se afastar do ramo por um tempo e as séries foram adquiridas por outras editoras.
A próxima editora foi a Opera Graphica, que publicou ao mesmo tempo que a Brainstorm, ainda que pouco., em especial a série “100 Balas”, um encadernado de Jonah Hex e dois volume de “Y, o último homem”. Seguimos para a Devir Livraria que privilegiou álbuns de Hellblazer e Preacher, tentando finalmente concluir a publicação da série do Pastor Jesse Custer no Brasil, sem sucesso já que começou do primeiro arco novamente. A Devir foi responsável por publicar a série Fábulas, um grande sucesso nos EUA. A Conrad, editora de mangas e livros, que já havia publicado “Deuses Americanos” de Neil Gaiman comprou a exclusividade temporária para lançar a série Sandman em 10 encadernados de capa dura – assim como o encadernado da Morte – e lançou a uma média de 3 publicações por ano entre 2003/2007.
A Panini também publicou o selo, já na época da exclusividade da Pixel Media, comprou o álbum de autor “Os Leões de Bagdá” de Brian K. Vaughan (Ex Machina, Y).
Finalmente chegamos a Pixel Media, que publicou 21 números mensais de Pixel Magazine e 4 números de Pixel Fábulas – além de Vertigo tivemos neste período ABC e Wildstorm. Manteve assim uma razoável constância de material do selo mensalmente nas bancas, privilegiando a fase de Brian Azzarello em Hellblazer, vista por muitos como fraca e excessivamente americana. A Pixel reiniciou a série Preacher desnecessariamente e atirou em direção a váriao encadernados, republicando inclusive a primeira fase de Alan Moore em Monstro do Pântano. Terminado a exclusividade da Conrad sobre Sandman, relançou a obra em novo formato, mas já no final de sua fase à frente do selo.
Finalmente em agosto de 2.009 os selos Vertigo e Wildstorm são adquiridos pela Panini que irá publicá-los no Brasil em encadernados e uma série mensal.
Não houve menção direta ao selo ABC, apesar de já ter sido divulgado que a Panini estaria preparando uma edição de “A Liga dos Cavaleiros Extraordinários”, volumes 1 e 2, para dar suporte ao lançamento das edições “O dossiê negro” – ainda pela ABC – e “Volume 3”, já pela nova editora americana de Alan Moore.