“The Kaiju Preservation Society” é semelhante a um filme para a “Sessão da Tarde” (horário vespertino de reprises de filme de ação e aventura): não ofende ninguém, tem uma boa sequência de ação, bons personagens e quinze minutos depois do fim ninguém se lembra.
O livro se passa durante o período mais grave da Pandemia Covid-19: durante 2020 as pessoas estavam em casa (nos EUA) e Jamie Gray passa a trabalhar em uma empresa de entregas. Seis meses depois é demitido e mais algum tempo a empresa é vendida para uma gigante das entregas. Desiludido e sem dinheiro após a última entrega, Jamie aceita um emprego “misterioso” de um velho conhecido e parte para uma expedição onde ficará ilhado por seis meses, sem contato com o mundo exterior.
Descobre que a KPS é uma empresa que tem acesso a uma “Terra alternativa” habitada por kaijus e que tem por missão impedir – sem matá-los – que vir para a “nossa” Terra.
Dois terços do livro é a construção do cenário e o terço final é um roubo de um kaiju e seus ovos.
A novela é uma excelente leitura, excelente construção e traz críticas boas (e rasteiras) sobre o capitalismo, mas a trama não empolga. É mais ou menos deslumbramento e já no terço final uma trama que parece-me inverossímil com aquilo que foi posto; mas realmente não ofende: apenas não me atraiu. Porém com 70% da leitura já feita, quem se incomoda em abandonar os bons diálogos que Scalzi escreve? Ninguém! E sempre há a esperança que algo extraordinário aconteça. Coisa que não ocorre!
Merecia um conto ou uma noveleta, mas novela foi muito para o plot apresentado!