O 8 FIQ, realizado
em BH no último fim de semana representa muito mais do que um
encontro de nerds.
Em primeiro lugar o grande volume de participantes
testificou que há enorme interesse pelo mercado de quadrinhos no
Brasil, tanto pelo material nacional quanto, claro, pelas grandes
editoras americanas. Além disso, para se propor um evento de grande
impacto, é preciso utilizar as “bombas” certas. Escolhi esta
metáfora da bomba para expressar o atordoamento mental ao ver “novos
deuses” como George Pérez, Geoff Johns, Laerte, entre outros
circulando pelo “mundo do patriarcado”.
Mas, novamente
falando por mim, para um cara do interior, que raramente encontra
iguais para trocar informações, idéias ou simplesmente discutir
sobre porque a turma do Bruce Wayne é mais “família” do que o
pessoal do Superman. O FIQ foi sem dúvida inesquecível. Na fila de
autógrafos do George Pérez, aplaudíamos ele como uma autoridade.
Nas mesas redondas, ovacionamos o Ivan Reis como a um craque de
futebol. Tudo isso durante as 12 horas que passei dentro da Serraria
Souza Pinto.
Como não poderia
deixar de ser, Duas grandes lojas de quadrinhos, mais um sebo,
levaram muitos reais dos nossos bolsos, eu mesmo comprei mais de R$
400,00 em HQ:
-Jack
Kirby New Gods OmniBus
-Vários “Um Conto
de Batman"
-Vários Números da
Revista “Os Caçadores" ( publicada pela Abril nos anos 80)
-Calvin &
Haroldo (Tesouros estão por toda parte)
-Preview
War Novos 52.
-Before
Watchmen (Ozymandias)
-Grandes Mestres –
George Pérez
-Algumas edições
de Novos Titans Novos 52
Em ter outras
coisas.
Três grandes
momentos foram marcantes:
- Seção de autógrafos com George Pérez (as 11h): Muito interessante observar o que os fãs levaram para o Mestre autografar: havia desde formatinhos da Revista Novos Titãs da Abril. Haviam pessoas com a camisa havaiana estampada, marca indefectível do ídolo ali presente.
- Mesa redonda com George Pérez(ás 13h): O mestre falou da sua história de vida, respondeu perguntas curiosas. Quando ouvimos dele que o seu portfolio foi avaliado por ninguém menos que Neal Adams, a emoção e as palmas foram gerais! Um Grupo GLBT se manifestou de forma tocante elogiando a reformulação da Mulher Maravilha. Segundo ele, o Thor de Walt Simonson foi uma grande referência.
- Painel DC Comics (às 20:00h): Uma Arena Literal com uma mesa de ouro entre Geoff Johns, Ivan Reis e Joe Prado. Entre os tópicos abordados, a presença cada vez maior dos desenhistas brasileiros no mercado americano. Uma pergunta ao Geoff Johns sobre o alinhamento entre Series de TVS, filmes, Quadrinhos e jogos da DC, ele simplesmente respondeu: “Não estou autorizado a responder esta pergunta”. De um certa forma ele respondeu, correto?! Quem assistiu ganhou Três botons exclusivos da DC e quem perguntou ganhou exemplares de títulos americanos.
E assim, como bom DCnauta, sai muito
bem alimentado, extasiado e renovado com minha fé na DC. Novos
amigos e uma porrada de novas historias para ler. Que venha o
Próximo.