[A trama]
O episódio inicia com o
duelo entre Sandor Clegane, o Cão e Beric
Dondarrion. Excelente sequência com muita ação e surpresa!
Clegane ganha e mata Dondarrion! Mas graças às orações de Thoros
de Myr o sujeito volta à vida! E não é a primeira vez!
Isto é uma das coisas
que é mais sugerida nos livros: com o retorno dos dragões a magia
volta a Westeros com força total.
Julgado pelo Senhor da
Luz, a quem Thoros e Beric servem, o Cão está livre, o quê não
quer dizer que Arya Stark aceite a situação. Ele se sente
prisioneira e agora perde o amigo Gendry, que fica no
acampamento enquanto ela segue para encontrar sua família.
Sem muito a dizer na
série, o núcleo de Além da Muralha mostra o envolvimento de
Ygritte e Jon Snow e Tormund questionando o
ex-corvo sobre as defesas dos Castelos da Patrulha na proteção da
Muralha. Como o livro é bem claro que um patrulheiro não tem
mulheres. Assim o intercurso do casal é uma das provas de que Jon
rompeu com a Patrulha da Noite. Pelo menos para os selvagens.
Jaime Lannister e
Brienne de Tarth chegam à Harrenhal, e novamente sua
sequência rouba a cena do episódio. O Lannister é posto sob os
cuidados do ex-meister Qyburn que passa a cuidar da
ferida próxima da infecção. Momentos depois Jaime, num dos
momentos mais fortes da série, narra o que aconteceu quando da
invasão de Porto Real em que ele matou o Rei Louco
Aerys Targaryen! Talvez outros cavaleiros fizessem o mesmo! Jaime
o matou por que o Rei exigiu a morte de seu pai, Tywin, e
tinha ordenado que o piromante acionasse dezenas de dispositivos
cheio de fogo vivo em toda cidade. O objetivo era que a cidade
ardesse em chamas e jamais a entregasse a Robert Baratheon!
Caso você não se
recorde muitos destes depósitos de fogo vivo foram encontrados na
temporada anterior e confirmam a história de Jaime. O fogo vivo foi
sabiamente utilizado na Batalha de Blackwater por Tyrion.
Tyrion Lannister
sutilmente, mas não tanto, pede socorro financeiro à Lady Olenna
para o casamento real que se aproxima. Ao comunicar o fato ao pai,
Tywin – a Mão do Rei – e à irmã, Cersei – a
Rainha Regente – apenas descobre que o pai está no controle de
tudo e ordena que lhe se case com Sansa Stark, para impedir
qualquer interesse dos Tyrell em Winterfell e no norte.
Cersei rí, mas também é
comunicada que deverá se casar com Loras Tyrell, para manter
a política de boa vizinhança com a família. A homossexualidade de
Loras, apenas sugerida nos livros, volta a render no episódio.
Encantado por um cavalariço, o membro da Guarda Real revela segredos
sobre as possibilidades de casamento entre ele e Sansa. Ao saber do
fato, Petyr Baelish que havia enviado o cavalariço para cair
nos favores de Loras, fica irritado com Sansa, a quem havia prometido
uma oportunidade de fuga. Decide viajar sem levar a herdeira Stark.
Fica então tristemente evidente que toda a toda de preparação para
a fuga de Sansa com Baelish era uma longa trama que não levaria a
lugar algum: se a menina desaparecesse quando o ex-mestre da moeda
estivesse ausente em direção ao Ninho das Águias, lá era o
primeiro lugar que a procurariam.
No acampamento de Robb
Stark, o Karstark mata os meninos Lannister,
que eram prisioneiros de
guerra – Martyn e
Willem – e
Robb, num arroubo de justiça a qualquer preço bem próprio das
ações da família, o decapita! Os homens de Karstark abandonam a
bandeira de Robb e retornam para suas terras.
Sem homens, o “rei do
norte” decide armar um plano para impor uma derrota aos Lanninster,
mas para tanto terá que fazer as pazes com os Frey, com quem
quebrou um pacto de casamento ao casar-se com Talisa.
Uma longa sequência
introduz a esposa e filha de Stannis Baratheon, Selyse
e Shireen, respectivamente. Originalmente elas foram
introduzidas ao mesmo tempo que o legítimo herdeiro de Robert, mas
foram cortadas na segunda temporada da série. A menina tem grande
simpatia por Davos Seaworth, que continua aprisionado e chega a
iniciá-lo nas letras, para para seu pai, o ex-contrabandista é
apenas um traidor.
O detalhe da sequência é
o bizarro de Selyse manter os filhos perdidos (natimortos ou gravidez
interrompida) em jarros e a menina ser alvo de uma doença comum nos
reinos livres, mas que no futuro fará outras vítimas importantes na
série.
A sequência de Daenerys
serve para mostrá-la em marcha contra outra das cidades da Baia
dos Escravos e seu desejo de ganhar a confiança dos Imaculados.
[A crítica]
Um bom episódio com
excelentes momentos, como a excepcional interpretação nas passagens
de Jaime Lannister/Brienne de Tarth e a ótima passagem na sequência
de Tywin/Cersei/Tyrion. Como nem tudo são flores, as passagens no
núcleo de Jon Snow/Mance Ryder não convencem devidamente e mesmo
uma sequência que é uma repetição ipsis literis de algo
que está no livro – a primeira vez de Jon e Ygritte – não
convence.