O
primeiro personagem a surgir é Ike Harris, que serve como
cinegrafista para o arqueólogo Dr. Damian e sua filha Margo,
levando-os à Câmara dos Deuses nos escombros do Império Inca.
Num
passe de páginas, Ike revela ser membro de uma raça evoluída por
“deuses do espaço”, que retornarão em breve para julgar
novamente a humanidade, e se necessário extingui-la.
Esta
visita é chamada de “4ª Expedição”, e seria a quarta
visita dos celestiais à Terra. Na primeira, eles criaram a
humanidade, os eternos e os deviantes – veja que nas primeiras
edição Kirby “afirma” que a evolução do macaco para o homem
foi forçada pelos “deuses do espaço”, depois deixaria de
afirmar isto para apenas dizer que Os Celetiais manipularam
geneticamente o ser humano evoluindo-o para eterno ou deviante.
A
segunda expedição dos celetiais não ficou feliz com os resultados
do Império Deviante e provocou um cataclisma que criou o
dilúvio. Os deviantes, no entanto, continuaram vivos em um império
submarino chamado de Lemúria. A humanidade se reconstruiu, e na
terceira visita dos celestiais eles foram recebidos pelos incas, a
quem influenciaram. As questões do calendário limitado da
civilização inca vem exatamente da “previsão” do resultado da
quarta expedição!
Parte
das tramas mostravam isso: splash pages com seres gigantescos,
a influência dos celestiais e o medo dos humanos.
Precisando
de antagonistas, Kirby deu espaço para os conflitos entre deviantes
e eternos, mas havia realmente mais intriga do quê conflito. Os
deviantes temem o novo julgamento dos Celestiais e por isso
influenciam os humanos a atacarem os deuses do espaço, em especial
americanas e russos, num momento em que a Guerra Fria ainda era uma
lembrança muito forte.
Apesar
de interrompida a saga é de certo modo conclusa, pois mostra a
apresentação dos personagens, a chegada dos deuses, a tentativa dos
deviantes de usar a humanidade contra os celestiais, e finalmente uma
reunião que decidiria que postura os Eternos tomariam sobre seus
criadores.