A Editora Abril
usou algumas páginas (duas ou três) simplificadas da obra para
ensinar seu público a desenhar ainda no primeiro triênio das
publicações Marvel/Abril Jovem, entre 1979-82. Fora esta exceção
a obra é inteiramente inédita.
Vale menção que o
Marvel Way é um modelo de produção onde o argumentista
explica o enredo da edição, os principais acontecimentos, as cenas
de ação e quantas páginas elas deveriam durar e o desenhista tinha
liberdade para tratar esta informação como desejasse – claro que
havia um padrão, dai o Marvel Way.
Após o desenho a
lápis, o texto retornava para o argumentista que ou fazia correções
pertinentes ou simplesmente escrevia os diálogos. Daí o fato que
alguns desenhistas, especialmente Kirby, acreditarem-se
criadores e referirem-se à Lee apenas como um gerente.
Historicamente a DC
Comics, principal concorrente da Marvel, tem um sistema de
produção de roteiro completo, já prevendo descrição de cenário,
personagens, distribuição de quadros e textos de diálogos.
O padrão Marvel surgiu
– entre outros motivos – pelo fato que Stan Lee era o principal –
praticamente o único – argumentista da casa e tinha que produzir
uma grande quantidade de texto, ficando impossibilitado de dar conta
de tantas séries, caso utilizasse o formato tradicional.
A obra é relevante e
explica detalhadamente todos os fundamentos do desenho. Vale a pena
procurar.