Batman: Grotesko

E eis o Grotesko!
Publicada originalmente em Batman #659-662, nos EUA e no Brasil em Batman #62-64, Panini Comics.

Cientista inventa mecanismo para realizar operações à distância – o ciber-cirurgião – de modo a vencer a doença degenerativa a que está acometido e deixa alguns laboratórios em polvorosa, que chegam a construir um protótipo – o mímico – supostamente com projeto roubado do original. Mas o cientista, que havia se endividado com a máfia russa, finge sua morte e, no processo, que falha e o deixa deformado, torna-se o Grotesko, que deseja vingança p'r'aqueles que acha responsáveis.

No arco surge – e morre – o estranhíssimo gangster nipônico Johnny Karaokê e suas assistentes, as Gueixas. A arte de Mandrake salva o arco, mas fica o gosto de fill-in para dar tempo à Morrison para reassumir o ofício na série.

Johnny Karaokê e cancôes que os americanos não esquecem
Com texto de John Ostrander e arte de Tom Mandrake – dupla responsável por uma série The Spectre inédita no Brasil e bastante elogiada – o arco apenas mostra vilões ridículos (Karaokê), bizarramente deformados (Grotesko), pessoas com moralidade dúbia (Grotesko e sua irmã) e mafiosos em Gotham (Karaokê e um russo chamado Perun). Com uma estrutura de páginas diferente – talvez 48 ou 60 – e com uma caracterização mais centrada no conflito da irmã em entrar em desacordo com o juramento de Hipócrates poderia funcionar melhor. De maneira que está parece apenas um desfile de bizarrices para mostrar que Gotham City é um antro de anormalidades.

Não aconselho.