Ex Machina, volume 4: Marcha à guerra

Ex Machina é uma série criada por Brian K. Vaughan (roteiro, criador de Y, o último homem) e Tony Harris (desenho, desenhista de Starman e SJA – O dossiê liberdade). Cobre o dia-a-dia do prefeito da cidade de Nova Iorque, Mitchell Hundred, durante o período 2002-2005.

Mitchell Hundred elegeu-se prefeito graças à uma coincidência bizarra. Ele foi atingido por uma explosão de um artefato ainda não explicado nesta altura da série e adquiriu o poder de falar com as máquinas – equivalente à “voz de Deus” da série Preacher.

Ele iniciou uma breve carreira como herói (Grande Máquina), mas ao salvar a segunda torre do World Trade Center decidiu que poderia fazer mais como político. Fazer realmente a diferença. Graças à popularidade foi eleito.

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A série, já encerrada nos EUA, trata do dia-a-dia do prefeito, enquanto conta em flashbacks a infância e as incursões como herói. Nunca elas tornam-se o centro da história, mas um complemento. Até aqui. Neste volume o prefeito autorizou uma marcha contra a Invasão ao Iraque, daí para ele pessoalmente ser acusado de simpatizante desde movimento é pouco. Ele defende sabiamente que sou opinião pessoal pouco conta, o quê ele realmente acredita é que parte da população tem o direito de demonstrar sua indignação contra a Invasão.

Isso não impede uma ataque aos manifestantes e uma perseguição contra imigrantes, além de endurecimento da polícia.

Tudo é muito interessante, até que o leitor chega no complemento do álbum: Ex Machina Special. Numa história que se passa antes do atentado terrorista ao WTC, Grande Máquina enfrenta um “vilão” que conseguiu gravar sua voz e usar para controle de animais. Não é uma grande narrativa pois inverte os papéis, dando atenção à carreira de herói de Grande Máquina em detrimento da persona do prefeito.

Não é tão interessante quanto a primeira parte, mas não compromete a edição de R$ 19,90.