Tenho preferência para
o formato impresso, especialmente em livros e quadrinhos, mas não me
oponho ao formato digital para periódicos como revistas e jornais.
Inclusive elogio a ideia que irá permitir que pessoas do interior do
país tenham acesso a jornais das grandes capitais.
[Preço e a ausência
da multiplataforma]
Claro que sempre haverá
o questionamento sobre os preços. Por quê uma VEJA digital
também custa R$ 9,90? Afinal neste preço está inserido o valor da
impressão, custos operacionais e inclusive o preço da distribuição,
seja via Correios, seja via entregador. O conteúdo digital não
poderia ser mais barato?
Meu interesse imediato,
que são alguns jornais da cidade de São Paulo, custa R$ 3,00 o
exemplar!
Achei caro! Mas tudo
bem, compre quem quiser e o próprio fracasso financeiro da aventura
– se ocorrer – irá obrigar aos executivos reverem sua política
de preços.
Minha tristeza é que
apesar de supostamente ser multiplataforma e rodar em PC e
tablet, o software para leitura do conteúdo só está
disponível para o sistema operacional Windows e para o iPad,
sendo anunciado para breve o lançamento para o sistema operacional
Android, uma distribuição baseada em GNU/Linux, mas
nada para versões GNU/Linux para PC.
É uma pena. Cheguei a
me entusiasmar com a ideia e até mesmo a testar em um Windows 7
Starter que veio em meu notebook, mas logo começou o
problema de versões tão comum ao software privado. Desisti e
comuniquei ao IBA na esperança que produzam o software de leitura (o
IBA Reader) com tecnologia realmente multiplataforma. Até lá não
verão meu rico dinheirinho!
De qualquer modo fica o
registro de uma grande corporação que uniu livros, jornais e
revistas para um mercado promissor. Há erros, mas eles serão
superados à medida que pessoas se cadastrarem e não aceitarem a
imposição de um sistema operacional para ler seu conteúdo digital
preferido.
Fica a dúvida do
motivo pelo qual o Grupo Abril prefere ignorar o software livre.
Observem que o tema numa foi capa da VEJA, que noticia muito coisa
importante mas também pautas menos nobres, mas nunca tocou no tema
seja na capa ou em uma matéria digna para desmistificar o assunto.
Como o grupo também é proprietário da INFO, uma das principais
revistas sobre a cena da informática no Brasil e mundo, nota-se uma
resistência em apresentar o tema à grande população.