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No contexto de obra de arte é excelente; já no contexto de elegia cansa, por que já é a terceira para o personagem, possivelmente dando tempo para a DC Comics nos EUA se preparar para os eventos de a Batalha pelo Manto.
Se tiver que ler alguma, leia apenas a história do Gaiman (Batman #88 e 89, março e abril de 2.009), superior, onírica e atemporal.
Exceção feita para “Noites sem fim” (2005) e uma breve história da série Batman Preto & Branco volume este é o primeiro trabalho de Neil Gaiman para a DC Comics desde o encerramento da série Sandman. Este encerramento foi publicado no Brasil pela Editora Globo, depois colecionado em 10 álbuns pela Conrad e agora está sendo prometido em dois álbuns do formato absolute/omnibus pela Panini Comics.
Durante este período Gaiman dedicou-se à literatura, produzindo “Deuses Americanos” e “Os filhos de Anansi” (ambos publicados no Brasil pela Conrad), o protótipo de uma série de TV, que depois foi romanceado chamado “Lugar Nenhum” (Conrad, tendo sua versão em quadrinhos recém lançada pela Panini na série Vertigo) e alguns livros infatnis. Nos quadrinhos fez o projeto “1602” (também conhecido como “Marvel Knights 1602”), uma versão do Universo Marvel que estabelece a sua criação no ano de 1602.
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Isto nunca ocorreu e Gaiman processou McFarlane, num imbróglio alongado e penoso.
O processo começou na segunda metade da década de 1.990, sendo que primeiro Gaiman optou por ganhar a simpatia da indústria e depois iniciar realmente o processo. A estratégia se devia ao fato que na década de 90, McFarlane poderia investir pesado em advogados.
Hoje há um entendimento que Miracleman/Marvelman pertence, de fato, ao editor que o “criou” na Inglaterra. O termo criou está entre aspas por que é público e notório que Marvelman nada mais é que uma imitação do Capitão Marvel da Fawcett/DC Comics.
O quê se discute desde então é a possibilidade de se publicar os 25 números da série editada pela Eclipse Comics, onde trabalharam Alan Moore e Neil Gaiman, este, em início de carreira antes de Orquídea Negra e mesmo Sandman, que o tornaria famoso.
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Voltando a trabalho atual em Batman, fãs de Sandman vão perceber que o pequeno arcos de duas edições é uma variação do arco Fim dos Mundos da série do Lorde Morpheus.
Leiam e comparem.