Tem personagens que nasceram para serem coadjuvantes!
Imagine o quê dizer de um personagem cuja série chama-se “Jimmy Olsen, Superman's Pal” com grifo em “Superman”?
Jimmy não pode ser levado à sério, nunca!
Sua série clássica é tão inexpressiva que se torna curiosa exatamente por causa de suas bizarrices. Também é clássico que Jack Kirby ao ser contratado pela DC disseram para para ele fazer A Saga do Quarto Mundo ele teria que assumir um título da editora.
Kirby perguntou qual série vendia menos e assumiu o título do repórter foca, que funcionou como periférico para a Saga do Quarto Mundo. Alguns destes materiais receberam nova roupagem pela DC Comics na série Legends of the DC Universe e foram inclusive lançados no Brasil pela Mythos!
Olsen não foi levado à sério por John Byrne e Marv Wolfman, que o fizeram ter uma paixão platônica por Cat Grant na época da revisão de 1.987 (O homem de aço). Os dois autores criaram tramas que faziam Olsen ser filho único e que seu pai, um soldado, havia desaparecido em ação. Meses depois a trama retomou como pano de fundo para uma revisão da Saga do DNA, um arco que Kirby havia criado quando assumiu a série.
Dan Jurgens e equipe tentaram dar responsabilidades para Olsen. Rompeu com Lucy Lane, irmã de Lois – ela casou-se com o jornalista Ron Troupe – e esteve em evidência quando tirou uma foto famosa da morte do Superman.
Depois trabalhou para a TV, chegando a prometer revelar a identidade do Superman e esteve envolvido com os Cabeludos – personagens clássicos da fase Kirby, em nova roupagem.
A partir de 1.999 voltou a ser o coadjuvante comum, até que na revisão pré Crise Infinita (2005) do homem de aço, quis ser jornalista. Erraram o tom e John Byrne e Matthew Clark ilustravam o personagem de maneira distintas. O primeiro como um adolescentes de 13-15 anos, o segundo como um jovem profissional de 19-20 anos, chegando a namorar uma jornalista.
Depois Olsen esteve numa desnecessária exposição graças à Contagem Regressiva! Na série semanal de 52 partes ele é personagem principal!
Chegamos então à Novo Krypton, onde o repórter recebe uma edição especial de prelúdio direto da saga. Aqui com texto de James Robinson, lápis de Jesus Merino, Leno Carvalho, Steve Scott e finais de Merino, Nelson Pereira e Kevin Stokes temos mais uma tentativa de torná-lo um personagem em crescimento, sério e crível.
Em crise, Jimmy Olsen, que não é levado à sério no jornal Planeta Diário, decide pedir um afastamento para investigar a presença de um desconhecido voando quando da batalha entre Superman e Atlas.
Apesar da bobagem da facilidade em que a fonte fornece a informação necessária – a desculpa é que estava aguardando o interesse de algum repórter – a história ficar emocionante quando caí no clichê do assassino, chamado Codinome Assassino (sic!), que deseja manter a origem em segredo.
Tendo fazer um contato com a Legião Jovem do Laboratório Cadmus, com quem teve contato na fase de Kirby e em período pós 1987, descobre que os legionários originais (ele teve amizades com os clones infantis) foram assassinados!
Boa história.
Repagina o personagem, descarta uma série de bobagens recentes e prepara o terreno para Novo Krypton. Veremos o quê virá!
Veja aqui a listagem completa da série.