Alguns personagens eram
recorrentes como Derek SCHRECK que teve uma pequena série de
três aventuras, cujas aventuras transcorriam em um mundo onde houve
uma guerra nuclear entre EUA e China que resultou na destruição da
lua.
O efeito disso foi “A doença lunar”, título da aventura publicada em Kripta #01 (julho/1976) com texto de Doug Moench e arte de Vicente Alcazar.
O efeito disso foi “A doença lunar”, título da aventura publicada em Kripta #01 (julho/1976) com texto de Doug Moench e arte de Vicente Alcazar.
A referida doença
deixava os humanos (e posteriormente os animais) loucos, violentos e
canibais perseguindo, mutilando, matando e até mesmo se alimentando
das suas vítimas, algo muito parecido com o padrão atual de zumbi,
inspirado na obra cinematográfica de George Romero.
Não por coincidência as origens da Warren Publishings estão na adaptação de filmes de terror para o formato magazine de como a vencer o Comics Code.
Não por coincidência as origens da Warren Publishings estão na adaptação de filmes de terror para o formato magazine de como a vencer o Comics Code.
Numa série como
Kripta, com tantas criaturas místicas o zumbi tinha duas versões
distintas. Um era o ser quase morto da série Spectro, outro
era o louco pelo resultado da destruição do satélite terrestre da
série Schreck, uma doença física e de possível cura apesar de
todo um sub-texto pseudo religioso.
Sem uma das mãos e
enfrentando “zumbis” criados pelo terror atômico que não
contaminavam as pessoas pelo contágio, leitores mais antigos podem
encontrar parte da fuga constante de Schreck em The Walking Dead,
além de um sentimento de que o mundo estava completamente destruído
e que logo os protagonistas sucumbiriam ante às forças
antagonistas. Na obra de Robert Kirkman todos sabem que um dia
Rick Grimmes irá sucumbir por completo, mas o quando ainda é motivo
para especulação. Com a 100ª edição prometida para junho nos EUA
e a terceira temporada da série de TV já contratada é fácil supor
que a série tenha no mínimo mais uns 36 meses de sobrevivida.
Por sinal, atualmente
eu sou o único que persegue o fim da série The Walking Dead, pois
apesar de a série ainda não ter perdido o pique, já torna-se
evidente as limitações narrativas da trama.
Não me surpreenderia
se um dia Kirkman anuncia-se que uma de suas inspirações foi a obra
de Moench, afinal o pop há de comer a si mesmo. Ao menos Moench foi
mais sucinto em sua narrativa.
Schreck retornou no ano
seguinte em Almanaque da Kripta #01 (junho/1977), onde é
narrado o prequel da primeira aventura inicial pelo mesmo
Moench mas com Neal Adams na arte-final. Talvez um erro dos
editores nacionais tenha publicado as duas partes finais antes do
início, ou talvez fosse mesmo um prelúdio para a história em
função de boa recepção do público.