Em 2024 é impossível desassociar “Belas Maldições” da
série de streaming que adapta o livro, disponível no serviço
Amazon Prime Video e talvez esta seja a melhor forma de curtir
a experiência: uma série de streaming, levemente engraçada
e dispensável. Você navega um pouco, assisti gastando algumas horas de vida e vinte minutos depois não se recorda de nada.
A trama é sobre o filho do demônio que encarnou na Terra e que levará as tropas celestiais e infernais a um conflito em um futuro próximo, como foi previsto em “As justas e precisas profecias de Agnes Nutter, bruxa”. Como mestres de cerimônia desta imbróglio temos o demônio Crowley e o anjo Aziraphale, ambos muito acostumados ao mundo terreno e pouco disposto a abrir mão dele. De brinde uma confusão e o filho do demônio é trocado na maternidade, assim o maligno não tem a “orientação necessária” sobre o quê e como fazer.
O restante do livro se passa na última semana do mundo, quando o filho do demônio deveria levar as tropas ao conflito.
Divertido e leve, “Belas Maldições” é quase a justaposição de esquetes de humor sobre o tema de encarnação de demônio, seitas malignas, bruxas, caçadores de bruxas, os quatro cavaleiros do apocalipse clássicos e versões modernas, profetas antigas (uma profecia feita no século XVII deve ser reinterpretada no século XXI?) e a divertida parceria dos apresentadores.
É
leve, é divertido, mas é imensamente dispensável! É a típica
leitura sem compromisso em uma tarde de preguiça. Alguns capítulos
são muito divertidos, outros nem tanto.
Belas Maldições. Terry Pratchett & Neil Gaiman.
Bertrand Brasil, 14ª edição. 2017.
ISBN 978-85-286-2200-3.