Esta narrativa rouba o foco do álbum e se torna a principal. Mazinha havia sido sequestrada pelo cangaceiro Canção, mas era mal tratada por ele.
O traí com um membro do bando e diante da chantagem de
alguém que descobriu, revela a verdade. É a franqueza dos honestos.
É assassinada, mas algo do além a traz de volta para sua vingança.
[Comentário]
O álbum é belíssimo, Shiko certamente é um grande mestre da arte e da narrativa.
Suas criações visuais são originais e mesmo o uso de elementos como um “carvalho/árvore de sacrifício” não resulta em algo que lembre um clichê. Faz o uso correto, lógico e o elemento é utilizado com atenção.
Mazinha não é retratado como uma puritana, mas como mulher. Quis outro consigo e pagou o preço. Nota-se sua decepção quando admite que o amante fugiu.
O álbum é conciso. Não enrola. Não oferece uma série de elementos visuais, paisagens ou reflexões. Não insere 10 páginas duplas do sertão de Alagoas ou da brutalidade da natureza do homem. Não!
Segue por outro caminho. É direto.
E talvez seja o único erro. Termina de forma abrupta! Nem um mero “continua”. É como um capítulo de um trabalho maior, mas para que haja a compreensão e seu encaixe perfeito deve ser lido no conjunto.
Creio ser superior ao primeiro porque conseguiu manter o interesse e fazer a introdução do elemento místico na trama, mas deveria ter algumas páginas a mais – talvez mais quatro? - para fechar melhor o capítulo.
E estou eu, aqui em primeiro de julho de 2021 – meio do ano – aguardando o próximo álbum da série.
Aconselho fortemente.