X-O Manowar v1: By the sword (Valiant, 2013)

Em 402 AD os visigodos liderados por Aric estão fazendo frente ao poderio romano até que são raptados por uma raça alienígenas e levados pelo espaço para serem escravizados e utilizados no cultivo de terras (!). Em um ato de rebeldia Aric tem sua mão cortada e há diversos casos de maus-tratos.

Ao observar que os alienígenas adoram uma armadura e que há uma prova do digno para usá-la, Aric cria uma revolta de escravizados e se apropria da arma, que para sua surpresa o veste e dá a ele o controle da armadura Shanhara – cujo acesso é controlado anteriormente por religiosos que conseguem dominar os chefes militares de seu povo.

Aric de posse da armadura, que inclusive reconstrói sua mão, foge e o computador da armadura passa a obedecê-lo trazendo de volta para a Terra, mas nos dias atuais! 

Enquanto enfrenta forças militares da Itália uma sub-trama mostra que há os “vine” (a raça alienígena) está em conluio com as elites econômicas, algumas delas híbridos, e que enviou uma frota para a Terra para resgatar sua armadura sagrada!

Escrito por Robert Venditi (Gavião Negro) com arte de Cary Nord (Conan, Demolidor) e Stefano Gaudiano esta fase da série “X-O Manowar” foi publicada no Brasil nos anos 2010 pela HqManiacs e é um reboot do personagem criado originalmente no início dos anos 1990 quando Jim Shooter foi demitido da Marvel Comics e fundou uma editora para si sendo, no entanto, manipulado por executivo que logo o afastaram da editora. 

Criador originalmente pelos escritores Jim Shooter e Steve Englehart, e os artistas Bob Layton (com longa passagem em outro personagem de armadura, o Homem de Ferro) e Barry Windsor-Smith ressalto que não há necessidade de conhecimento anterior já que é um reboot e tudo é explicado a partir daqui.

Venditi é um autor competente e consegue utilizar a seu favor o padrão estabelecida na Valiant: histórias que funcionem em encadernados que reúnam quatro edições e a apresentação do Universo Valiant e dos personagens a partir deste reinício. Funciona bem na questão de continuidade, mas ainda assim o leitor mais atento certamente vai estranhar questões como a necessidade de escravizar raças ditas inferiores quando se tem alta tecnologia. De resto é interessante a costura entre misticismo, ceticismo militar e intrigas, além do desenvolvimento de Aric um bárbaro visigodo que fará uma jornada de milhares de anos e quilômetros, jogado pelas forças que o controlam, algo que reflete em muito seu humor.