Em um futuro de colonização espacial e mega-corporações o mercenário Roko é contratado para encontrar uma colônia de humanos alterados que possuem uma “pele dura”. O objetivo é matá-los e extrair a pele extra, utilizando-a como roupa espacial no processo de colonização do espaço.
O argumento não é original já que emula a exploração física de etnias e em muitos momentos a arte aparenta retratar nativos americanos que foram para o espaço e se isolaram.
Assim segue a cartilha previsível: há um membro desta tribo que tem um histórico com o mercenário e inicia um jogo de gato e rato; mas o mercenário só encontra a tribo porque este membro, chamado Lark, deixa uma trilha rastreável quando vai de encontro a ela para avisar do risco. Há também a universitária que está pesquisando a tribo o quê gera empatia e tensão sexual e há belos cenários ricamente ilustrados em uma edição de 104 páginas.
Baseado na novela de Laurent Genefort a adaptação fica a cargo de Serge Letendre (T), Pasquale Frisenda (arte) e Stefanni Rennee (cores) “Thick Skins” não propõe termos complexos e situações muito elaboradas. Como dá um passado para Lark e mostra em detalhes o processo de escolha de Roko, demora um pouco para apresentar sua trama principal que é o conflito no “planeta asteroide” dos peles grossas e mesmo aí se apresenta com certa previsibilidade.
Interessante mais pelas possibilidades abertas para sequências a obra não deixa de ser uma boa história de perseguição em um belo cenário sci-fi.