Como metade dos aficcionados por Lost que tem acesso à internet e sabem baixar arquivos e legendas eu já assisti ao episódio de estréia da sexta e última temporada da série. É um episódio duplo, com 1h 22min de duração e também quer dizer que só faltam quinze (13 + outro duplo) episódios para terminar a série mais badalada da década passada.
O episódio é fácil e acessível sem as complicações anteriores da série. E,daqui para a frente, neste post só haverá spoilers que poderão estragar a surpresa de quem assistir ao episódio semana que vem no AXN (tv por assinatura), na Globo (quando a emissora comprar a série) ou no box (quando terminar a temporada e for lançado).
Primeiro a bomba explodiu realmente!
Mas qualquer fã de quadrinhos e sci-fi sabe que se alguém retornar no tempo e tentar alterar a história a pessoa irá criar uma divergência na linha do tempo. A realidade que a pessoa veio continuará a existir e surgirá uma segunda com a alteração provocada pela viagem no tempo. Os casos são fartos na literatura de sci-fi e nos quadrinhos. Procurem e vejam.
Então, com a explosão no passado a ilha afunda na nova realidade e o vôo Oceanic 815 chega em Los Angeles e temos tomadas que ocupam cerca de metade do episódio com o desdobramento do que aconteceria se o avião pousasse. A informação mais importante desta realidade alternativa é que o caixão do pai de Jack Sheppard jamais esteve no vôo. Isto é realmente importante saber.
Já na realidade original, com a explosão Juliet, Sawyer, Kate, Jack, Hugo, Miles, Jin e Sayad são deslocados no tempo novamente para o presente e ficam com a impressão que a fórmula defendida por Jack falhou.
Juliet, que morre nos escombros, usa Miles para avisar à Sawyer que funcionou, mas ele não é capaz de compreender a mensagem.
Eu sempre defendi que o monstro de nanotecnologia (a tal fumaça) poderia assumir a forma humana. Acho que escrevi isto, lá atrás em alguma edição de Crash. Se não foi aí, deve ter sido em alguma lista de discussão.
Eu defendia que o pai que Jack via vivo era uma manifestação do monstro, assim como várias ilusões que outros personagens viam na ilha (Hugo, por exemplo, via um amigo do sanatório).
É verdade!
Ou pelo menos o episódio deixa claro isto. O John Locke que estava agindo na ilha era o monstro que tomou forma humana. Locke estava morto, sempre esteve e a ilha nunca, jamais, retornou alguém à vida – o quê não impede que fantasmas apareçam a torto e a direito, como neste episódio um fantasma aparece para Hugo.
Quando Jack via o pai, lá na primeira temporada, ele via, na verdade, uma manifestação do monstro, o quê agora ficou provado, já que o caixão nunca chegou na ilha. Só para lembra-los naquela época as aparições do monstro eram bem mais freqüentes.
Simples.
Então o quê teremos agora?
O monstro quer voltar para casa, que aparentemente é um lugar além da ilha e que os Outros teriam o acesso ou seriam os guardiões. Tudo indica que serão atacados pelo monstro. No templo estão os deslocados no tempo ainda vivos (há 2 mortes no episódio).
Na nova realidade os autores deixam alguns detalhes, como a aparição de Desmond no vôo, para deixar confuso o espectador. Se esta versão de realidade alternativa não “pegar” no público, simplesmente se diz que é um sonho comprido de Jack e a coisa funcionará.
É uma forma comum de deixar pontas soltas para esperar a reação do público --- Veremos se vai funcionar.
Na ABC o episódio passa na terça-feira e farei os posts até a conclusão da temporada na sexta ou sábado.
Acompanhem!