Surge uma tecnologia que cria um ambiente virtual e corpo artificiais para que estas pessoas integrem a sociedade, ocupando um corpo robótico chamado “C3”. Há também pessoas que conseguem permitir que seus corpos sejam ocupados por haden e que vendem estes serviços.
No momento em que inicia o livro o governo está revendo sua política de financiamento aos encarcerados que possuem linhas de créditos e estão tentando se integrar à sociedade e existe um forte preconceito contra eles.
Há um assassinato que tem ligações com empresas que desenvolvem tecnologias para os C3 e os encarcerados e a trama é narrada por Chris Shane, um haden famoso cujo pai ex-jogador da NBA tem carreira política (*). Shane é agente do FBI e inicia uma parceria com a Agente Vann, que apesar de não ser uma haden tem um histórico de envolvimento com a síndrome.
“Encarcerados” é um basicamente uma novela de dupla policial que algumas vezes tira sarro com a imagem de policial bom e policial ruim e se torna mais rica quando mostra a sociedade, os avanços e a a crítica social (bem leve, diga-se de passagem) sobre o fato de que os avanços estão disponíveis para quem tem recursos para pagar. Assim como mostrar um perfil da indústria farmacêutica: talvez encontrar uma cura definitiva não seja tão interessante financeiramente.
Bons diálogos, excelente cenário, mas um mistério bem raso.
ISBN 978-85-76-57-320-3.
Editora Aleph, 2018. 330 páginas.
Tradução Pete Rissatti.
* Achei relevante ressaltar que o pai de Chris é atleta da NBA, pois vi poucos personagens ficcionais que se referissem à liga.