Sob
o risco de soar repetitivo a trama é bem rasteira. Um cidade alemã
vive à sombra de uma usina nuclear que gera energia e seus
habitantes jovens desejam sair de lá ou ao envelhecer se corrompem.
Um
garoto some e isto desestrutura a família e alguns habitantes, já
abalados com um suicídio recente. No entanto didaticamente os
produtores vão explicando o quê aconteceu e a cada personagem novo
que surge, logo ficamos sabendo quem e qual o seu papel na trama.
O
mistério da série vem mais de um climão criado e mantido ao longo
dos dez episódios. O clima casa com um excelente trilha sonora e
música, diálogos bem escritos e atuações boas – ainda que parte
do elenco jovem peque em vários momentos.
Criado
para alimentar os nerds mas sem chocar muito, tem sexo não
explícito, casal de jovens que transa semi nus (ela transa com
calcinha, deixando claro a censura: mostrar peitos pode, vagina
não!), uso de drogas, traições, lesbianismo e… viagem no tempo.
Se a
força está no clima que se sustenta até o último momento, as
fraquezas estão em não haver nenhum mistério, basta assistir ao
próximo episódio, e a viagem do tempo ser estável. Faça
determinada coisa que você alcançará determinado resultado. Não
há apuro ou dificuldade e evidentemente os personagens caem em
armadilhas previsíveis como viajar no tempo para matar “Hitler”
e acabar criando o vilão!
Vale
a pena? Sim, mas sem expectativas e sem deslumbramentos. É
divertido, mas logo vemos que não se sustenta! Lembra um vídeo
clipe lindo e empolgante para uma música ruim! Assim é perfeito
para uma maratona e duas semanas depois ter esquecido tudo!