Os Vingadores... da Costa Oeste

Houve um período diferente na indústria em que era interessante dividir uma equipe de heróis e com isso manter vendas em um patamar de lucros. Invariavelmente as séries secundários, quando muito tem um ou dois períodos de qualidade, mas em geral nunca passam disso: séries secundárias.

Aconteceu com os Vingadores. E com a Liga da Justiça. E com a Legião dos Super-Heróis. E com os X-Men.

Os Vingadores foram divididos em Costa Leste e Oeste; não em Centrais (Great Lake Avengers), que sim, existiram, mas eram uma piada elevada à enésima potência. Para o universo dos Vingadores tinha a mesma função do que a Liga da Justiça Antártida.

Então Vingadores da Costa Oeste nada mais é do quê uma nota de rodapé na história dos quadrinhos de super-heróis norte-americanos. Excetuando um período em que John Byrne passou à frente da produção, com tramas que seriam referenciadas por gente do calibre de Kurt Busiek (em Vingadores Eternamente) e Brian Michael Bendis (em Vingadores A queda e todas as tramas que tratam da Feiticeira Escarlate) Vingadores da Costa Oeste nada mais é do que uma lamentável série que se tornou outra lamentável série (Force Works).

Talvez considerar isto – que VCO é ruim por definição, por se tratar de um sub-produto – é que a trama de Byrne envolvendo Visão, Feiticeira Escarlate e mutação celular, o Tocha Humana original e Immortus torne-se tão saborosa, por que é quadrinho de equipe de herói de primeira. Byrne apenas selecionou um grupo menor de heróis e decidiu narrar uma história centrada em Visão e Feiticeira Escarlate que no momento moravam na Costa Oeste.

Mas a trama funcionaria se publicada na série principal, ao contrário do restante das aventuras que parecem feitas por roteiristas desimportantes e em final de carreira e dublês de desenhistas.