Para garantir a sua liberdade Stallman entendeu que o software deveria pertencer a alguém, já que se não fosse assim alguém (pessoa física ou jurídica) poderia se apropriar do código para os próprios fins. Assim decidiu que o software pertenceria a FSF e que seria publicado utilizando uma licença escrita especialmente para o caso que Stallman estava criando: A GNU GPL, que defendia uma série de liberdades para o software criado e distribuído nesta licença (GPL é Generical Public License ou Licença Pública Genérica).
Stallman decidiu chamar seu sistema operacional de GNU, uma sigla recursiva que significa “GNU não é Unix” (GNU is Not Unix).
(REIS, 2003) continua:
O desafio de construir o sistema operacional envolvia não apenas a criação de um núcleo de sistema operacional, mas também a criação de uma coleção de bibliotecas e aplicativos que permitissem ao sistema compatibilidade com o Unix original. Durante esta década o FSF apoiou o desenvolvimento do conjunto de compiladores GCC (originalmente GNU C Compiler, hoje GNU Compiler Collection), o editor de textos Emacs e as bibliotecas padrão libe e glibe, entre outros.
O processo de desenvolvimento deste período não é documentado na literatura, mas é certo dizer que já existia uma comunidade de desenvolvedores interessados nos produtos da FSF e que contribuía com código-fonte e pacotes para completar as lacunas no sistema operacional GNU. O meio de comunicação óbvia era a Internet, que começava a se tornar mais facilmente acessível, embora versões dos pacotes GNU fossem também distribuídas em fitas magnéticas. Correio eletrônico e FTP eram os veículos pelos quais os desenvolvedores comunicavam seus lançamentos.
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(REIS, 2003) Christian Robottom Reis, Caracterização de um Processo de Software para Projetos de Software Livre, disponível em