The New 52: Detective Comics


Apesar da safra atual dos textos de Tony Daniel na série Batman não me convencer do motivo para o qual a DC Comics deixou o artista assumir a série, seu trabalho em The New 52: Detective Comics onde é responsável por texto e arte com finais de Ryan Winn, me deixa animado que um dia o rapaz poderá chegar a algum lugar como autor.

A trama não é um reinício. Batman existe a algum tempo e tem a colaboração do Comissário Gordon, apesar de setores da Polícia não se importarem em receber ordens para mirar no homem-morcego. Ele usa um uniforme que lembra em muito o da série de cinema do Nolan, tem uma caverna subterrânea distante da Mansão Wayne, continua furando com as pretensas namoradas e não há referência a Robins, Dick, Tim, Jason ou Damian – o quê pode ser duas coisas: a) a série passa num momento cronológico diferente; b) foi intencionalmente deixado de lado.

Na trama há uma longa perseguição ao Coringa, que toma a edição toda, e ao final o palhaço do crime é preso no Asilo Arkham, onde sabia que encontraria o Fabricante de Bonecas, que corta a pele de seu rosto e termina a edição com uma sugestiva splash page com a pele do Coringa pregada na parede.

É uma edição ágil e mesmo que pretenda em algum momento mostrar o trabalho de detetive, afinal é “Detective Comics” (quadrinhos de detetives) não há tempo nesta edição. Pela violência, as perseguições e o tiroteio parece mais com as várias cine-séries de assassinos seriais que há recentemente.

Se você gosta do homem-morcego vale a curiosidade.