The New 52: I, vampire


No meio de todo o fenômeno de marketing do relaunched da DC Comics, chamado The New 52, não há muito espaço nas edições #01 para longas estratégias. Os personagens são apresentados ou reapresentados, surge um inimigo e a edição termina com a promessa do conflito no segundo número.

É uma peça comum quando o autor tem pressa para terminar a história ou está sem criatividade. Ganha assim mais trinta dias para colocar as ideias no papel de forma detalhada e dependendo do bobagem da primeira edição pode trabalhar e corrigir.

I, vampire não é assim. Realmente usa um clichê atual pois explora a tendência atual da literatura de vampiro e guerra contras os homens num universo povoados por super-seres e alienígenas, mas o faz com qualidade especialmente se lembramos que os nomes de Joshua Hale Fialkov (texto) e Andrea Sorrentino (arte) ainda não são sinônimos de nada. Mas devemos lembrar que, no geral, a ideia principal é uma releitura da série original publicada no início dos anos 1.980, criando assim o ciclo que “ideias que são tiradas de ideias que foram tiradas de algum lugar”, tornando impossível dizer quem copiou o quê de quem.

A história reapresenta Andrew Bennett e sua amada Mary, a quem ele transformou em vampira há 400 anos, de modo a ter uma companhia e agora ela não participa das ideias de viver em paz com os humanos, a quem classifica como “gado”.

Ela decidiu iniciar uma guerra contra o gado.

Lembra realmente a Vertigo quando os personagens DC sob o selo não viviam em uma outra dimensão, mas apenas nas bordas do universo tradicional e podiam citar ou ter participação dos medalhões.

Recomendação máxima.