Cherokee Rose,
quarto episódio da segunda temporada da série de TV norte-americana
The Walking Dead, exibida nos EUA pelo canal AMC, tem
em seu título uma referência sobre lágrimas de mães indígenas
que fizeram nascer rosas.
Este é o tom do
episódio: drama!
Há em todo o episódio
um único zumbi e “praticamente” inofensivo, com apenas uma cena
de real tensão. De resto é desdobramento da recuperação lenta de
Carl, o enterro de Otis e o discurso de Shane, o
início do romance entre Maggie e Glenn, aqui
sintetizado numa transa quase mecânica (lembrando a transa de Ripley
em Alien³), a busca infrutífera de Daryl por Sophie,
o pedido de Rick para permanecer na fazenda e a preocupação
de Lori com uma gravidez.
Some isto e bata no
liquidificador e teremos drama. Muito drama!
Já tendo uma
terceira temporada confirmada para o fim de 2.012, The Walking
Dead certamente terá que escolher um caminho entre o horror gore
característico do gênero de zumbis e a dramaturgia própria da
série em quadrinhos e de um show de TV. Sim, a lerdeza dos eventos é
uma característica da série em quadrinhos de Robert Kirkman,
mas ao final de cada ciclo há uma renovação forte, uma cena que
dificilmente será esquecida – como por exemplo os eventos da
edição #50. O detalhe é que talvez o público de TV, atraído pelo
gore não se sinta saciado com as divagações existenciais
num mundo consumido por uma praga zumbificante.
Ainda que este seja o
episódio mais parado da série é quase certo que teremos bastante
tensão assim que alguém resolver entrar no celeiro da fazenda...